Ofereceram-me uns 15 quilos de tomate… Tomate maduro, de muito boa qualidade, acabado de apanhar na Lezíria Ribatejana. Claro que pensei logo em fazer doce de tomate! Também guardei algum tomate congelado para os cozinhados. Também se pode fazer uma base de molho de tomate e congelar em pequenas doses para depois ir usando. Mas eu preferi fazer o doce. Apesar de já ter feito uma vez, podem ver a receita AQUI, desta vez adicionei um pouco mais de açúcar para que se conserve melhor até ao Natal. O doce de tomate é um sabor de infância que guardo porque a minha avó paterna fazia um doce muito bom. O meu também ficou bom, quem já provou gostou muito. Mas o da minha avó sabia-me melhor… é daquelas coisas… A minha amiga Rosa, que foi quem me ofereceu os tomates (também me deu uns 20 quilos de marmelos, mas ainda não consegui chegar lá…) também faz um doce de tomate maravilhoso, acho que fica mesmo muito parecido com o da minha avó. Ela deixa-o ao lume para retirar a água e só depois de o cozer desta forma e de o espremer para retirar a água é que lhe junta o açúcar para fazer a compota. Eu não fiz isso, que me lembre a minha avó também não fazia. “Apenas” pelei os tomates (como podem ver no vídeo em baixo), abri-os em 4 e tirei as sementes. E escrevo “apenas” entre aspas porque não foi tarefa pequena. Dá uma trabalheira mas, de facto, o doce fica melhor e muito mais bonito sem as sementes.
Ingredientes:
1 kg de tomate
600 gr de açúcar amarelo
1 pau de canela
Preparação:
Pele os tomates em água a ferver, como mostrado no vídeo. Depois corte-os em quartos, retire as sementes e corte-os em pequenos pedaços. Só depois destas operações concluídas é que deve pesar o tomate, pois a fruta vai perder muita água, ou seja, muito peso. Pese o tomate e deite-o num tacho. Junte 600 gr de açúcar por cada quilo de tomate e um pau de canela. Vá mexendo em lume mais alto numa primeira fase, depois médio/brando, até o doce ficar apurado. O meu apurou durante mais de duas horas, pois era uma quantidade bastante grande. O facto de apurar bastante vai fazer com que fiquei no ponto e se conserve bem e também faz o doce mais espesso. Eu gosto dele assim e gosto de sentir os pedaços de tomate, por isso não triturei.
Por fim, guarde o doce em frascos esterilizados (ferva os frascos e tampas em água durante 15 minutos). Ponha o doce de tomate ainda quente (assim que acaba de o fazer) nos frascos, tape-os imediatamente e coloque-os virados para baixo de um dia para o outro para ganharem vácuo. Se tudo correr bem e o doce estiver no ponto, vai conservar-se bastantes meses. É uma boa ideia se quiserem desde já guardar para oferecer no Natal. Podem pesquisar aqui no blog outras sugestões de prendas deste género, como este doce de abóbora delicioso ou este doce de romã, que fica lindíssimo e uma delícia.
Bom apetite! Partilhem o artigo e deixem as vossas dicas sobre como costumam fazer esta compota.
