como escolher sardinhas
  • Facebook

Por alturas dos Santos Populares – e durante todo o verão em geral – é bom ter algumas noções de como escolher e preparar as melhores sardinhas! Pelo menos para quem gosta muito delas, como eu! Adoro sardinhas, é um dos meus peixes preferidos, mas sou exigente com elas. Nos restaurantes costumo perguntar se são boas, ver o aspeto na montra do peixe e, regra geral, só peço em sítios que conheço e onde me conhecem e sabem que sou uma chata com as sardinhas… é que, se não estiverem mesmo boas, não como e voltam para trás. Para mim a sardinha assada não pode estar demasiado passada, mas também não pode ter sangue. Deve estar suculenta, mas cozinhada, douradinha qb. Quando as faço em casa, nem vale a pena experimentar o grelhador elétrico, não ficam boas. Se acendemos carvão, então, sim, vale a pena assar sardinhas! O carvão deve estar em brasas vermelhas e já sem fogo. As sardinhas devem ser salgadas umas horas antes para tomarem gosto e ficarem mais rijas e depois devem ser assadas não muito perto das brasas para não queimarem. Poucos minutos de cada lado e estão prontas! Confiram as dicas de como escolher as melhores sardinhas para os Santos Populares!

5 Dicas para escolher as melhores sardinhas

  • Primeiro que tudo cheire o peixe! Na verdade, eu cheiro todos os frescos antes de os comprar, pois há uma enorme probabilidade de saberem ao que cheiram. Sabe disso, certo? Cheire as sardinhas e verifique se cheiram a mar e a frescura, se assim for é bom sinal!
  • Olhe a sardinha nos olhos e veja o que lhe dizem. Os olhos da sardinha (e do peixe fresco em geral) devem estar brilhantes e transparentes, bem vivos e “saídos”. Não compre sardinhas com os olhos raiados de sangue e não vá na conversa do “sangue na guelra”. O sangue deve, de facto, estar na guelra, mas na parte interior da guelra, não por fora. Quando as sardinhas apresentam o exterior junto aos olhos e à cabeça de tom vermelho, é sinal que já não são muito frescas ou estiveram demasiado tempo no gelo, é o sangue pisado a aparecer onde não deve. Nade para bem longe dessas sardinhas! Mais vale nem as trazer para casa porque, se for como eu, vai ficar chateado…
  • Todo o corpo da sardinha deve estar firme e brilhante. As escamas devem estar firmes na pele e a cor da sardinha deve ser azulada brilhante. Nada de cores baças, isso é sinal de que a sardinha já não é fresca. O corpo do peixe deve ser bem rijo. Tente tocar ao de leve, mesmo que a peixeira se aborreça. Peça outra coisa primeiro e aproveite quando ela estiver de costas para tocar na bela da sardinha, é o que eu faço… assim como quem não quer a coisa 😉 E saiba que, se a peixeira se aborrece que o cliente toque no peixe, isso significa que ela tem algo a esconder pois, se o peixe for mesmo fresco, o(a) vendedor(a) até tem orgulho em mostrar isso a quem compra!
  • Em relação ao tamanho da sardinha, há para todos os gostos. Costuma-se dizer que a sardinha se quer pequenina e há quem não aprecie as maiores porque são muito gordas e enjoativas, mas uma sardinha escanzelada também não tem graça nenhuma. Prefira as médias ou escolha conforme a sua preferência. Pessoalmente, gosto delas a pingar no pão, o que significa que já têm que ter uma dose de gordura considerável. Mas também gosto das médias, desde que sejam boas e não sejam secas. As pequenas – ou mesmo as petingas, predileção da minha querida avó – são excelentes para fritar e comê-las com uma dentada só 🙂
  • Depois de as trazer para casa, salgue-as umas horas antes de as assar e depois faça umas boas brasas. Coma as sardinhas em cima do pão: uma fatia de pão caseiro e com miolo denso é o melhor para a sardinha – tipo pão alentejano. Quando o pãozinho estiver bem embebido na gordura da sardinha, passe-o também pelas brasas e depois coma-o tostadinho… Acredite que é das melhores coisas que vai provar na vida ou então não diga que gosta de comer! Fizeram-me isso ao pão uma vez, em Sesimbra, e nunca mais me esqueci da dica. Já lá vão muitos anos, eu era bem novinha, mas já gostava muito de sardinhas e quem estava à grelha percebeu isso e fez-me o “miminho”. Experimentem e digam-me se não é muitoooo bom 😉

Deixo-vos uma sugestão de sardinhas assadas com legumes grelhados e com broa também tostada nas brasas. E ainda um paté de sardinha e atum, pois as conservas também são uma excelente forma de consumir a sardinha. Vejam a receita de paté AQUI.

Salgue as sardinhas e asse-as no carvão. Corte abóbora manteiga em tiras, bem como a courgette (retire as partes do meio, das sementes, e reserve-as para a sopa), arranje um molho de espargos, corte alguns tomates ao meio e deixe outros inteiros.
Grelhe os legumes até estarem cozinhado, mas ainda com uma textura crocante. No fim, tempere com azeite e flor de sal. Corte pimentos ao meio, alface em juliana fina e cebola roxa em fatias finas. Tempere a salada e coloque-a dentro dos pimentos.
Passe fatias de broa uns minutos pelo grelhador durante uns minutos e depois pincele cada fatia com um pouco de azeite. Sirva as sardinhas em cima da broa, com os pimentos com salada e os legumes grelhados. Tempere a gosto e não se esqueça que pode usar umas folhinhas de manjerico para dar sabor, pois também é uma erva aromática, tal como o manjericão ou os coentros.
Bom apetite e viva o Santo António!
dicas para escolher sardinhas
  • Facebook
dicas para escolher sardinhas
  • Facebook
como escolher sardinhas
  • Facebook