A Deliciosa Paparoca faz hoje um ano 🙂 No dia do primeiro aniversário, só poderia publicar algo cheio de amizade e amor, pois é por gostar de partilhar com os amigos que faço este registo das minhas experiências e aventuras culinárias.
Este verão embarquei numa dessas aventuras. Embarquei literalmente, pois fui num barco de pesca à captura do polvo durante toda uma madrugada e manhã a meio do mês de julho. No barco da família Completo, uma família de pescadores de Peniche, embarquei por volta das duas da madrugada cheia de vontade de gozar todos os minutos de uma atividade que nunca tinha acompanhado tão de perto. A família de três irmãos e um primo, liderada pelo Mestre Álvaro Completo, foram de uma simpatia e de uma generosidade fora de série. Eu não esperava outra coisa destas pessoas, mas talvez tenham conseguido superar as minhas expetativas na forma como foram imensamente acolhedores. O amigo Tó Zé Correia, presidente da Câmara de Peniche, embarcou connosco e, todos juntos, passámos várias horas num excelente ambiente de conversa e convívio. Durante a noite houve quem dormisse descontraidamente, houve quem enjoasse (não fui eu ;)), tudo enquanto os homens do mar faziam o seu trabalho duro e perigoso, mais perigoso do que possamos imaginar.
Eu não preguei olho toda a noite. Quis aproveitar todos os momentos, observar todos os detalhes da arte da captura do polvo, fazer todas as perguntas e receber todas as respostas possíveis daqueles homens que andam há décadas no mar. Saímos de Peniche e navegámos até à zona da Praia da Areia Branca. Andámos sempre por perto e foi uma noite em que se apanhou polvo e mais o que veio… alguns safios grandes, alguns peixes pequenos, alguns polvos tão pequenos que foram imediatamente devolvidos ao mar. Nem todas as noites rendem o esperado e o polvo às vezes esconde-se e “foge” para outros locais. Nunca se sabe se cada madrugada vai ser proveitosa ou não e esta é uma das maiores dificuldades da faina da pesca, em particular a da captura do polvo, que é sempre feita de madrugada (quando os polvos estão recolhidos e são apanhados nas armadilhas).
Eu não preguei olho toda a noite. Quis aproveitar todos os momentos, observar todos os detalhes da arte da captura do polvo, fazer todas as perguntas e receber todas as respostas possíveis daqueles homens que andam há décadas no mar. Saímos de Peniche e navegámos até à zona da Praia da Areia Branca. Andámos sempre por perto e foi uma noite em que se apanhou polvo e mais o que veio… alguns safios grandes, alguns peixes pequenos, alguns polvos tão pequenos que foram imediatamente devolvidos ao mar. Nem todas as noites rendem o esperado e o polvo às vezes esconde-se e “foge” para outros locais. Nunca se sabe se cada madrugada vai ser proveitosa ou não e esta é uma das maiores dificuldades da faina da pesca, em particular a da captura do polvo, que é sempre feita de madrugada (quando os polvos estão recolhidos e são apanhados nas armadilhas).
Voltando à experiência humana que esta aventura significou para mim, é impressionante como pessoas que se conhecem pela primeira vez podem ganhar uma empatia e complicidade tão grande. Talvez por terem sido momentos diferentes, únicos, talvez por termos estado juntos toda a noite no meio do mar, só com o negro da noite e o brilho das estrelas por cima de nós a observarem o trabalho da faina da pesca.
Desta aventura trouxe amigos, trouxe memórias de um fantástico almoço de arroz de polvo, feito já em terra e partilhado na companhia das famílias dos pescadores, trouxe todos os truques e dicas de como confecionar o magnífico polvo da nossa costa e trouxe… polvos, pois claro! Já fiz alguns pratos com eles, uns já aqui partilhados, outros ainda por partilhar, como estes filetes de polvo com o seu arroz. Fiquem com uma foto para abrir o apetite 😉
Um grande bem haja aos amigos de Peniche que me receberam tão bem neste dia e a todos os que me recebem tão bem em tantos outros dias, há tantos anos e tantas vezes em torno de paparocas tão deliciosas. Estas pessoas, esta terra e este mar são uma enorme inspiração para mim e para os meus sonhos gastronómicos, uns concretizados, outros por concretizar, outros certamente por nascer.
Desta aventura trouxe amigos, trouxe memórias de um fantástico almoço de arroz de polvo, feito já em terra e partilhado na companhia das famílias dos pescadores, trouxe todos os truques e dicas de como confecionar o magnífico polvo da nossa costa e trouxe… polvos, pois claro! Já fiz alguns pratos com eles, uns já aqui partilhados, outros ainda por partilhar, como estes filetes de polvo com o seu arroz. Fiquem com uma foto para abrir o apetite 😉
Um grande bem haja aos amigos de Peniche que me receberam tão bem neste dia e a todos os que me recebem tão bem em tantos outros dias, há tantos anos e tantas vezes em torno de paparocas tão deliciosas. Estas pessoas, esta terra e este mar são uma enorme inspiração para mim e para os meus sonhos gastronómicos, uns concretizados, outros por concretizar, outros certamente por nascer.