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No vasto e variado portefólio de livros de culinária que tenho, cabem uns pequeninos livros, tipo livro de bolso, que são dedicados à gastronomia de vários países. A edição foi responsabilidade do jornal Público, há uns anos, e o meu marido foi colecionando alguns exemplares dos países que mais me interessavam. O Rui não quer que me falte nada, pelo que está sempre a contribuir para que não se me acabem as ideias de cozinhados e receitas. Veem algum interesse nisto da parte dele?… 😉

Bom, de livrinho em livrinho, lá juntei países como o Brasil, o México, a Itália e… a França. França, esse território mítico para a gastronomia do mundo, onde nasceram tantas criações clássicas, que se mantêm atuais ou deram origem a novas e deliciosas ideias. E foi do livro dedicado ao país do queijo, do chantilly e do coq au vin que retirei esta receita de Bolo Basco. Nunca tinha experimentado este bolo, mas calculei que seria bom. Tenho a dizer que não é bom… é divinal!
Crocante por fora, tipo biscoito muito amanteigado, depois… cremoso por dentro, a saber a leite creme, uma delícia. E tudo aromatizado pela baunilha e pelo rum. Se bem que adicionei rum apenas na massa e no creme não, por esquecimento. Como adorámos o bolo assim, de futuro vou continuar a fazer tal e qual, mas deixo-vos a receita completa com a indicação de onde deve entrar o rum.

Nota importante é referir que usei uma forma de 17 cm de diâmetro, que é bem mais pequena do que as de medida standard. Usei esta forma, apesar da receita não ter indicação sobre isto, porque verifiquei que as quantidades não eram suficientes para um bolo grande. Além disso torna-se muito mais fácil montar o bolo assim com uma forma pequena, aconselho a fazerem o mesmo.

Fiquem com a receita e bom apetite 🙂 Este bolo é mesmo muito bom e guloso!

Ingredientes:
Massa: 200 gr de farinha, 170 gr de açúcar, 140 gr de manteiga, 1 gema de ovo, 1 colher de chá de fermento, 1 colher de sobremesa de rum amarelo, uma colher de café de extrato de baunilha.
Creme: 2,5 dl de leite, 4 gemas de ovo, 90 gr de açúcar, 30 gr de farinha peneirada, 1 colher de sobremesa de rum amarelo, 10 gr de manteiga, meia vagem de baunilha

Preparação:
Comece por preparar a massa. Bata a manteiga com o açúcar e a farinha. Pode fazê-lo num processador de alimento ou à mão. Junte o fermento, a gema de ovo, o rum e o aroma ou extrato de baunilha. Bata tudo muito bem e faça uma bola com a massa. Embrulhe em película aderente e deixe repousar 1 hora no frigorífico. Esta massa vai ficar muito mais densa que uma massa de bolo comum, mas mais mole e tenra do que massa de biscoitos. No entanto é suficientemente moldável.

Enquanto a massa repousa, faça o creme. Junte as gemas com o açúcar e bata bem. Depois adicione a farinha e mexa até conseguir uma massa homogénea. Ferva o leite com meia vagem de baunilha (raspe as sementes do interior para dentro do leite). Junte o leite em fio à mistura anterior. Leve ao lume lento até engrossar, sem deixar formar grumos. Se lhe acontecer engrumar/encaroçar, passe o creme com a varinha mágica. No fim, com o creme ainda quente, junte a manteiga que vai derreter com o calor. Aromatize com o rum, mexa e deixe arrefecer.

Unte a forma com manteiga e polvilhe com farinha. Divida a massa em dois bocados (um maior do que o outro). Pegue no maior e forre o fundo e “paredes” da forma de modo a ficar com uma taça que vai receber o creme (ver foto em baixo). Deite o creme lá dentro (este está muito mais líquido do que a massa, que é sólida). Estenda o resto da massa com o rolo para formar uma placa que vai servir de “tampa”. Coloque esta tampa por cima da outra massa e feche os rebordos, pressionando com os dedos entre as duas zonas de massa. Leve ao forno pré-aquecido a 200º durante 35 a 40 minutos, no máximo, conforme tenha um forno mais ou menos potente. No fim deste tempo, retire e deixe o bolo arrefecer até o retirar da forma. Espere algum tempo antes de o abrir.
Para o meu gosto, este bolo beneficia de um bocadinho de frio antes de servir. Não o sirva gelado, mas um pouco fresco. Quando cortar as fatias, a parte de fora deve estar tenra, mas rijinha, enquanto a de dentro fica cremosa.