Pataniscas de bacalhau da mãe

As pataniscas de bacalhau da minha mãe são sempre poucas! Se ela faz um prato cheio, acabam depressa. Se ela faz dois pratos cheios, as pataniscas também desaparecem rapidamente… Se ela enche uma travessa grande com as deliciosas pataniscas… também acabam depressa. Bom, talvez o problema não seja a quantidade do petisco, mas a grandeza da nossa gula insaciável pelas pataniscas!

Tantas vezes a vi fazer aquelas nuvenzinhas fofas, que aprendi os segredos. São umas pataniscas fofas e leves, com um equilibrio perfeito entre a quantidade de bacalhau e os outros ingredientes.

E porque o mal que os fritos fazem fica esquecido pelo bem que sabem, saboreá-los de vez em quando é um pecado que fica perdoado. Por isso… sai uma prato de pataniscas de bacalhau com arroz de feijão!

Cozemos o bacalhau e reservamos a água, deixando-a arrefecer. Em cerca de 2,5 dl dessa água, já fria, dissolvemos muito bem a farinha de forma a obtermos um polme nem muito espesso nem muito líquido (por isso a quantidade de farinha pode ser ajustável conforme a sensibilidade e gosto do cozinheiro). Deve ficar com uma consistência de papa de bebé não muito grossa. Depois de bem dissolvida toda a farinha, juntam-se as gemas, a cebola, a salsa picada fina e o bacalhau desfiado grosseiramente. Temperamos com sal e pimenta qb, provando para não ficar demasiado salgado. Por fim, batem-se bem as claras em castelo e adiciona-se aqui o fermento (para fazer crescer mais e ficar uma massa fofa).

Colocam-se colheradas grandes de massa em óleo quente e frita-se, tendo o cuidado de virar as pataniscas a meio da fritura.

Acompanhei com arroz de feijão manteiga. Dica: mesmo no fim da cozedura do arroz, adicionei uma colher de chá de oregãos secos. Dá um sabor muito especial ao arroz. Juntem muita salada ao prato e apreciem!